20.6.11

Policial militar uma profissão sem perspectiva de crescimento

Em 1997, foi aberto o concurso interno para o quadro de Sargento combatente da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, sendo oferecidas 100 vagas.

Pois é, este foi o ultimo concurso para Sargento da nossa Polícia Militar.

Quando houve este concurso, ainda existia o World Trade Center, o Brasil era Tetra, Ronaldo não havia tido convulsão, Lula iria disputar a sua 3ª tentativa a presidência da república e perderia para Fernando Henrique Cardoso, Garibaldi Alves estava no seu primeiro mandato de governador, Gito era o batedor de faltas do América, a PMRN tinha um efetivo de 5000 policiais, etc.

Ser policial é servir a sociedade durante um período de 30 anos, mas para servir durante todo este tempo com qualidade é necessário oferecer ao mesmo perspectiva de crescimento dentro da instituição, para não gerar a desmotivação. Algo que já aconteceu.

Este é apenas um dos fatos que influencia bastante na qualidade do serviço de segurança oferecido a sociedade, e o número crescente da violência nos últimos anos demonstra isto claramente.

O ser humano que entrou na PMRN em 1997 tem 14 anos de serviço e continua na graduação de soldado por falta de oportunidade. Isto é um absurdo.

Atualmente existem menos de 50 policiais na graduação de 3º Sargento, e não foram promovidos por estarem respondendo processos judiciais. Ou seja, a graduação de 3º Sargento na PMRN é uma espécie em extinção.

Mesmo com esses dados e argumentos, existem atualmente na PMRN cerca de 1000 vagas abertas para o quadro de 3º Sargento combatente, e esta mesma instituição não convoca um concurso interno.

Restando as perguntas:

O que falta? O que impede?

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