Uma manifestação de familiares de policiais
mortos aconteceu na Avenida Paulista, região central de São Paulo, na tarde
desta quinta-feira (15), feriado da proclamação da República. Eles começaram uma
passeata por volta das 16h e ocuparam três faixas da pista sentido Consolação.
Seguiram até o Cemitário do Araçá, onde fica o mausoléu da Polícia Militar. Boa
parte dos presentes vestia roupas pretas e leva cruzes brancas. Os manifestantes
carregaram também bandeiras do Brasil e do estado de São Paulo. A manifestação
acontece em meio à onda de violência no Estado de São Paulo. Apenas neste ano,
92 policiais foram assassinados. Pelo menos seis pessoas morreram e 15 ficaram
feridas entre a noite de quarta-feira (14) e a madrugada desta quinta na Grande
São Paulo. Entre os feridos, três eram policiais militares. No Grajaú, na Zona
Sul da capital, pelo menos duas pessoas morreram e uma ficou ferida em um
ataque.
Condições
Um dos manifestantes, Zoroastro Volnei Pilatti,
protestava contra as condições de trabalho oferecidas aos policiais militares. O
filho dele, Marco Volnei Zacarias Pilatti, foi assassinado no começo de novembro
em São Bernardo do Campo. "Vim protestar pela morte do meu filho para que isso
não ocorra a mais ninguém", afirmou. O diretor da Associação dos Praças da
Polícia Militar de São Paulo, Geraldo do Espírito Santo, reclamou da omissão do
governo do Estado que, segundo ele, já tinha informações sobre os ataques, mas
não alertou os policiais. Ele também se queixou do fato de o governo não ter
cumprido a promessa de blindar as bases da PM, conforme anunciou. O coronel
Telhada, ex-comandante da Rota eleito vereador nas últimas eleições em São
Paulo, também marcou presença. Ele afirmou defender mudanças na legislação para
combater o crime.
Fonte:www.caboheronides.blogspot.com.br
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