Três dos quatro envolvidos confessaram ter bebido 2 litros de uísque.
Conclusão do inquérito foi apresentada pela Polícia Civil, nesta segunda.
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A polícia indiciou por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual, o universitário de 26 anos que confessou estar dirigindo o carro que atropelou e matou um motociclista em um dos cruzamentos da Avenida Recife, na capital pernambucana, no último dia 15. O policial militar de 28 anos, que era dono do veículo, também foi indiciado pelo mesmo crime. "Eles ingeriram bebida alcóolica e avançaram o sinal vermelho, ou seja, assumiram o risco de produzir o resultado, que é a morte da vítima", explicou o delegado do Ipsep, Carlos Couto.
O caso foi elucidado após 15 depoimentos e acareações, durante sete dias de investigação. De acordo com o delegado, o policial militar, o estudante universitário e dois irmãos, cujas idades não foram informadas, saíram de uma festa no Cabanga Iate Clube, às 4h10. "Todos, menos o PM, confessaram que ingeriram bebida alcóolica. Eles disseram que tomaram dois litros de uísque no show", falou Carlos Couto.
Quem dirigia o veículo no início da viagem, segundo a polícia, era o policial militar. "Na altura do Largo da Paz, em Afogados, o PM avançou o sinal e quase provocou um acidente. Os irmãos disseram que não se sentiam mais seguros, desceram do carro e pegaram um ônibus. Só que eles viram que o PM entregou as chaves para o estudante universitário, que também tinha bebido", disse o delegado da seccional de Boa Viagem, Guilherme Mesquita.
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De acordo com a polícia, o estudante continuou a viagem e, às 4h50, avançou o sinal vermelho e atingiu o motocilista. O carro estaria trafegando entre 80 a 100km/h, quando o limite máximo da via é de 40km/h. As imagens da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) não foram suficientes para identificar quem descia do veículo, mas o jovem confirmou que estava ao volante na hora da batida. "Orientado pelo PM, o estudante resolveu fugir, subindo no mesmo ônibus que os irmãos tinham pego no Largo da Paz", explicou o delegado Carlos Couto.
Dois policiais militares estavam no local no momento do acidente, mas, segundo a polícia, eles não realizaram os procedimentos necessários e foram indiciados por prevaricação, que consiste em retardar ou deixar de praticar devidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
"Eles não procuraram saber quem estava dirigindo, não fizeram o teste do bafômetro e também foram negligentes quando um dos ocupantes do carro embarcou no ônibus, mesmo que pessoas estivessem alertando-os sobre a fuga. Um dos irmãos disse, em depoimento, que eles estavam encostados na viatura, assistindo o tumulto", falou Carlos Couto.
O inquérito já foi remetido ao Ministério Público de Pernambuco. Uma cópia também será encaminhada à Secretaria de Defesa Social (SDS), que tomará providências administrativas em relação aos três policiais militares envolvidos no caso. O PM dono do veículo e o estudante universitário devem responder ao processo em liberdade. Na última sexta-feira (23), a Justiça concedeu liberdade provisória ao policial militar, que estava detido no Centro Dr. Juarez Vieira da Cunha (Creed).
Acidente
No último dia 15, o carro em que o policial militar estava colidiu com uma motocicleta em um dos cruzamentos da Avenida Recife, no bairro do Ibura. O veículo avançava o sinal vermelho quando atingiu a moto. O piloto, um jovem de 22 anos, chegou a ser encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, Zona Sul da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
No último dia 15, o carro em que o policial militar estava colidiu com uma motocicleta em um dos cruzamentos da Avenida Recife, no bairro do Ibura. O veículo avançava o sinal vermelho quando atingiu a moto. O piloto, um jovem de 22 anos, chegou a ser encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, Zona Sul da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
O motorista do carro fugiu sem prestar socorro. Na ocasião, a Polícia Civil prendeu e autuou o PM em flagrante, levando em consideração a morte causada. Posteriormente, o soldado chegou a negar que estivesse dirigindo o veículo e afirmou estar dormindo no banco do carona, versão que foi posteriormente confirmada pela Justiça.
Fonte: g1.com/pe em 27 de novembro de 2012
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