12.7.11

conheça o veículo leve sobre trilhos (VLT) que irá operar na linha que liga Cajueiro seco ao Cabo

Fim da linha para o trem do Cabo. Até o final do próximo ano, os velhos vagões deverão estar desativados, com os trilhos da centenária estrada de ferro dando lugar aos modernos Veículos Leves Sobre Trilhos (VLTs), uma espécie de metrô pequeno movido a combustível. "Vamos dar mais conforto, segurança e qualidade no serviço oferecido aos usuários", afirma o superintendente regional da CBTU, Ricardo Beltrão.
"O VLT tem os mesmos recursos tecnológicos do metrô, porém com menos capacidade", resume Beltrão. Objetivamente, o equipamento oferecerá ar condicionado, portas automáticas, câmeras de segurança. Serão mais veículos - sete, em vez dos dois trens que hoje fazem a linha Cajueiro Seco - Cabo.
Também movidas a diesel, as composições são integradas - são três carros, sendo dois chamados motor, que ficam nas extremidades, e um reboque. Todos com capacidade para 200 passageiros "com condições de conforto" - ou seja, abrigam seis passageiros por metro quadrado, sendo 51 sentados. A velocidade média de 38 km/h é igual à do metrô e maior do que a dos trens (30 km/h). Mas, apesar das semelhanças, o projeto do VLT não inclui o fechamento das vias, como ocorre no sistema do metrô.
Segundo cálculo da CBTU, os sete VLTs devem estar trafegando até o meio do segundo semestre de 2012
"O VLT é um veículo que convive com o tráfego rodoviário", observa Beltrão. Na prática, significa que a composição pode parar, por exemplo, num semáforo para dar passagem aos carros, como ocorre em algumas cidades do mundo.
Fabricados pela empresa Bom Sinal, em Barbalha (CE), os VLTs já começaram a chegar a Pernambuco. Um deles se encontra em testes internos, para que os funcionários dominem a tecnologia. Em seguida, os maquinistas serão treinados para operá-lo. A expectativa é de que, no primeiro trimestre do próximo ano, tenha início a entrada dos veículos em circulação, que deve ser de forma paulatina, começando com três ou quatro composições. E, até o meio do segundo semestre, os sete VLTs devem estar trafegando segundo cálculo da CBTU.
Os sete VLTs custarão R$ 56 milhões, mas o projeto total está orçado em R$ 100 milhões e contempla a recuperação da via, com a substituição de trilhos e dormentes (liga um trilho ao outro) e de duas pontes, além da construção de duas pontes com passarelas para pedestre sobre os rios Pirapama e Jaboatão. Também inclui a duplicação do caminho entre as estações Pontezinha e Santo Inácio, único trecho do percurso em que é único - ou seja, há apenas um trilho para o trem ir e voltar, o que acaba por atrasar as viagens.
”É importante que os projetos preservem a paisagem cultural, rural e natural hoje existente.“
"É importante que os projetos preservem a paisagem cultural, rural e natural hoje existente. Não é possível frear o crescimento, mas a metrópole não pode crescer como um câncer. Tem-se a paisagem da área urbana, mas também é preciso intercalar com a da área rural, até para as metrópoles respirarem", alerta o professor e paisagista Luiz Veira.

A intenção é operar com o VLT também numa linha férrea já existente entre a região interiorana do Cabo e o Complexo Industrial e Portuário de Suape
Os VLTs podem não se limitar até o Centro do Cabo. O Governo de Pernambuco lançou, no fim de junho, a intenção de operar com o veículo numa linha férrea já existente entre a região interiorana do Cabo e o Complexo Industrial e Portuário de Suape. Essa linha começa numa bifurcação na estação de Pontezinha (a segunda entre Cajueiro Seco - Cabo) e vai até a estação Massangana, construída em Suape no início da década de 1980, mas que se encontra sucateada.
A intenção é garantir mais transporte para os trabalhadores daquela área. Em solenidade no Porto de Suape, o governador Eduardo Campos assinou a autorização do projeto executivo que contempla a recuperação da estação ferroviária de Masssangana e de um pequeno terminal de passageiros dentro do Porto de Suape. Assim, deverá ser realizado um estudo sobre essa infraestrutura para depois fazer sua implementação. Nesse caso, a administração ficaria a cargo do Governo do Estado, mas é possível um trabalho em parceria com a CBTU. "A gente vai acompanhar, sugerir, porque há uma interface grande entre as duas linhas", comenta Beltrão.
Fonte:ne10.com.br

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