3.2.12

PORTAL NE10 DE RECIFE, FALA DA GREVE DA PM NA BAHIA


ATUALIZADO ÀS 18h30
A greve de um segmento da Polícia Militar (PM) da Bahia, deflagrada nesta quarta-feira (1º), começou a causar sérios transtornos no Estado nesta quinta-feira (2). Embora a assessoria da corporação não confirme nenhum arrastão, comerciantes de Salvador, Feira de Santana e Ilhéus fecharam as lojas mais cedo com medo da ação de criminosos que poderiam se aproveitar da diminuição do efetivo da PM. Os relatos de roubos e a sensação de pânico tomaram conta da cidade. Até um grande shopping fechou as portas três horas antes do normal. No início da noite, o secretário estadual de Segurança Pública, Mauricio Barbosa, anunciou a chegada de 150 homens da Força Nacional de Segurança a Salvador já às 22h (horário de Brasília) desta quinta, segundo ele para "reforçar a sensação de segurança."
A previsão é que outros 500 homens cheguem à Bahia nas próximas 48 horas para reforçar o policiamento ostensivo em todo o Estado. Também está prevista a presença de tropas do Exército, após entedimento do governador Jaques Wagner com a presidente Dilma Rousseff. Neste caso, o número de militares ainda não foi divulgado. A transferência dos homens da Força Nacional aconteceu por solicitação do governador ao Ministério da Justiça.
Aproximadamente dois mil policiais que fazem parte da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) cruzaram os braços na madrugada desta quarta. O efetivo total da PM no Estado é de aproximadamente 30 mil homens e mulheres. O grupo reivindica a criação de um plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV) e melhores condições de trabalho. Na tarde desta quinta, assim como na quarta, eles interditaram em protesto a Avenida Luís Viana Filho, conhecida como Avenida Paralela, umas das principais da cidade, causando grande engarrafamento na região.
JUSTIÇA - Também nesta quinta-feira, o juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Brito, considerou ilegal o movimento grevista da Aspra e ordenou que os policiais voltem ao trabalho imediatamente. A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com os representantes da Aspra pelos telefones disponibilizados no site da associação. Caso a entidade não suspensa o movimento, será cobrada multa de R$ 80 mil por dia de paralisação.
Segundo o procurador Marcos Sampaio, que enviou o requerimento representando a Procuradoria Geral do Estado (PGE), o magistrado ficou muito sensível ao problema. "Não só por ser o serviço dos policiais militares essencial, como pela visitação de turistas, pela festa de Iemanjá e por estarmos a menos de 15 dias do início do Carnaval", afirmou. "Portanto, a greve é ilegal e inconstitucional e quem participa dela está à margem da legalidade nesse momento”, ressaltou.
REFORÇO - Além do reforço previsto da Força Nacional e do Exército, o comando da PM da Bahia informou que intensificou o policiamento nas cidades de Feira de Santana - a cerca de 100 quilômetros da capital - e Ilhéus - no sul do Estado. Segundo a assessoria da Polícia Militar, iniciativa foi tomada em virtude do clima de tensão gerado por atos de vandalismos causados pelos próprios manifestantes em greve.
Em Feira de Santana foram deslocadas viaturas da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte. Já em Ilhéus foram enviadas equipes da Cipe Cacaueira. O objetivo é intensificar o policiamento e garantir a segurança nestes municípios.
Fonte: NE10.com

No comments: