Um bebê prematuro, nascido no começo da tarde desta terça-feira na Santa Casa de Araxá, no Alto Paranaíba, foi declarado morto pela equipe médica minutos após o parto, mas mostrou sinais de vida quando tinha o corpo preparado para ser enterrado. Levado de volta ao hospital, os médicos constataram que ele realmente estava vivo.
“Eu não sei se eu choro, ou se sorrio. Tem 18 anos que trabalho com isso, já tinha ouvido falar de casos semelhantes, mas nunca imaginei que isso fosse acontecer comigo”, conta o agente funerário João Carlos Alves Pereira, responsável por salvar a vida do bebê, uma menina que tinha seis meses de gestação.
João conta que chegou na Santa Casa por volta das 14h30 para buscar o corpo do bebê. “A família veio junto para a funerária, com o atestado de óbito em mãos”, diz. Enquanto a família da criança aguardava na recepção, João e outro funcionário seguiram para o necrotério para preparar o corpo para o enterro.
O bebê saiu do hospital com o corpo enrolado em gazes e dentro de uma caixa lacrada, onde permaneceu por mais de uma hora. “Eu abri a caixa e desenrolei o corpinho das gazes, quando percebi que ela estava respirando. Chamei o meu colega e perguntei a ele se eu estava doido ou se ela realmente respirava. Ele mexeu com ela e ela chorou. Foi uma cena muito forte, muito chocante”, conta.
Imediatamente João ligou para a Santa Casa informando que os médicos haviam liberado um bebê que estava vivo para ser enterrado. “A situação não permitia fazer rodeios com a família. Cheguei na recepção correndo e só avisei que a menina estava chorando e que levaríamos ela de volta para o hospital. A família ficou chocada, mas certamente muito feliz”, destaca o agente funerário. Ele ressalta também que iria apenas enfeitar a urna funerária com flores e o bebê seguiria direto para ser enterrado, sem realização de velório.
Após o bebê dar entrada no hospital, a Polícia Militar foi chamada. No começo da noite os policiais ainda não haviam encerrado o caso. A reportagem fez contato com o hospital, mas ninguém foi encontrado para comentar o assunto.
Ainda segundo o agente funerário, a Santa Casa tentava, no começo da noite, transferir o bebê para uma UTI neonatal em Uberaba, já que ele apresentava dificuldades respiratórias e o hospital não possui infraestrutura suficiente para o caso. De acordo com João, a mãe da menina é uma adolescente de 14 anos, que não teria realizado os exames pré-natais devidamente e enfrentou uma gravidez de alto risco.
Fonte: www.dpnet.com.br
1 comment:
realmente é um caso chocante!
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