Amigos leitores, continua em explícita hostilidade a relação entre o Comando da PMAL e os Desembargadores do TJAL. Desta vez, a autoridade que se indispôs com o comando castrense é o Desembargador Sebastião Costa, que devido à trágica morte do Subtenente Roque resolveu revelar publicamente o que pensa sobre a Polícia Militar, como há muito tempo não se via uma personalidade manifestar-se. O comando da PM, por sua vez, num tom sem graça e apático, disse aceitar o posicionamento do desembargador "como uma crítica construtiva", o que na verdade foi uma das maiores críticas negativas que este comando recebeu de uma autoridade – desde que ascendeu ao cargo.
E as pessoas alheias à realidade que aflige a segurança pública de Alagoas podem se perguntar: "o que está acontecendo?" Amigos, eu acho que a "primavera vermelha", aquela que só víamos lá para os lados da Rússia, chegou. Coincidentemente, em agosto, o famigerado "mês do cachorro louco".
Mas os gestores da segurança pública, endossando o diálogo do governo, teimosamente, sabe-se lá com quais embasamentos, insistem em dizer que "está tudo bem" ou "que há avanços na segurança". Em meio a tantos índices de criminalidade que a cada dia alcançam patamares nunca antes imaginados para a nossa realidade, o posicionamento da sociedade em geral, bem dizer o clamor que tem ecoado através das maiores autoridades do Estado de Alagoas, revelam que há algo fétido no ar. No caso, o avanço em questão é apenas o da criminalidade!
E os posicionamentos dos desembargadores Washington Luiz, inicialmente, e Sebastião Costa, mais recentemente, revelam o que há muito falamos, ou seja, que algo tem que ser modificado. Estamos numa crescente onda de assassinatos, e numa avalanche de crimes não solucionados, que há muito tempo viraram "parte da nossa rotina", os quais mostram que o descaso e o amadorismo não deveriam estar tomando conta das nossas vidas, quiçá de mais de 3 milhões de pessoas. Por tudo que temos visto e vivenciado nos últimos dias, a opinião pública – na voz dos seus representantes públicos – revela-nos que a forma de fazer segurança pública, como estamos vendo hoje, tem de ser modificada. E nesse liame, já era para o governador ter ouvido a opinião pública, pois os absurdos catastróficos resultantes dos nossos atuais "gerentes" têm contribuído com a vulnerabilidade a que estamos expostos. Nada do que tem sido feito pela cúpula da segurança pública tem dado conta da complicação crescente que é a segurança em Alagoas.
De mais a mais, os privilégios concedidos (promoções, cargos comissionados, diárias, viagens, aparato tecnológico) a gestores nada exitosos, que sempre surgem com ideias nada profícuas, apesar da significativa contrapartida financeira para que os mesmos consigam fazer algo realmente exitoso ou profícuo (obs: a redundância é proposital), demonstram que suas táticas não atendem nem mesmo à "classe dominante", aquela que é sempre beneficiada em primeiro plano, mostrando-nos o quão vazio e temeroso é o futuro por eles traçados, onde a única certeza que temos é o crescente índice de criminalidade. Assim, à medida que cresce a violência, em contra partida, as nossas atuais autoridades "policiólogas" nos revelam a sua incapacidade em resolver os problemas existentes, muitas vezes de singela complexidade. Sem falar da crise interna (na PM), sem horizontes para acabar, já se sabe que mesmo que não houvesse uma crise, mais da metade dos oficiais que compõem a cúpula não são simpatizantes ao comando, além do que não colaboram com as suas doutrinas, motivo pelo qual não se engajam em "contribuir" com a maior parte das ações planejadas. E isso tem uma certa razão. O Secretário de Defesa Social em conluio com o Comando da PM, em plena vigência do Estado Democrático de Direito, ao que parece, cada vez mais demonstram que este pressuposto não faz parte da gestão da cúpula da segurança pública, bem dizer de suas filosofias. E os indignados com tamanho desrespeito, isso apenas no âmbito militar, não estão presentes apenas na classe das praças, pois até mesmo entre os oficiais, em especial os superiores que levaram "rasteira", existe uma forte corrente de rejeição/oposição a Dário e a Luciano, os únicos que (ainda) tiram proveito de toda essa situação. Por conseguinte, podemos ter que tudo isso é resultante da "marcha da insensatez", da estupidez. E estupidez no comando (anota aí, "você" que é formado em história), chama-se fascismo. Os sinais estão na cara. A continuidade da boçalidade dessa cúpula repleta de "astros", que vivem se locupletando da situação vigente, associado à falta de políticas públicas significativas nas camadas de base, ou seja, na educação, tendo como incremento a opressão interna corporis nos quarteis, e a falta de representantes para reivindicar os direitos que há muito as leis asseguram, tudo isso, acrescido agora da morte de um policial no âmbito de uma Escola Superior de Magistratura (ainda mais da forma como tudo ocorreu), é um sintoma do que está vindo por aí: Alagoas marcha para um beco sem saída!
Fonte: www.briosaemfoco.blogspot.com
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