PMs rejeitam reajuste linear
Depois de parar o Centro do Recife com uma passeata no fim da tarde da última sexta-feira, os policiais militares terão uma semana tensa pela frente. Informados pelo JC que o Governo do Estado deve oferecer um reajuste linear para os servidores de no máximo 7%, os representantes da principais associações de militares asseguraram que a categoria não aceitará o percentual oferecido. A decisão por uma greve já pode ser tomada na próxima sexta-feira, em assembleia marcada no Memorial de Medicina, no Derby, às 14h.
Fontes do Governo do Estado alegaram que a inflação e o clima de instabilidade econômica internacional possibilitarão reajustes bem abaixo do esperado pelos servidores. A equiparação salarial entre policiais civis e militares estaria descartada por causa disso.
“Se os servidores se mostrarem renitentes, o governo vai à sociedade pedir apoio para garantir que o limite mínimo de investimentos e o equilíbrio fiscal não serão ameaçados por demandas salariais”, afirmou um secretário, ouvido em reserva pelo JC.
Atualmente, um soldado da Polícia Militar recebe R$ 1.881 (soldo + gratificação), enquanto o salário inicial de um agente da Polícia Civil é de R$ 2.440. Desde o ano passado, que a principal reivindicação salarial dos militares é a equiparação com os colegas civis.
O presidente da Associação dos Militares do Estado (AME), capitão Vlademir Assis, se mostrou cauteloso a respeito da possibilidade de reajuste linear de 7% para todos os servidores. Apesar disso, o oficial foi enfático a respeito da postura da categoria.
“Não podemos firmar uma posição a respeito de um índice que não é confirmado oficialmente. O que podemos assegurar é que a categoria não aceitará nenhum percentual que fique abaixo da equiparação com a Polícia Civil desde o soldado até o coronel”, garantiu o presidente da Associação dos Militares do Estado.
O presidente da Associação de Cabos e Soldados, Renílson Bezerra, considerou um desrespeito aos policiais militares um reajuste de no máximo 7%.
“A nossa classe vem apresentando seguidos resultados positivos na segurança pública, se desdobrando para atingir as metas fixadas pelo governo e mais uma vez está sendo deixada de lado. Caso essa notícia venha a se concretizar, a nossa postura será de incentivar a categoria a cruzar os braços”, destacou Renílson.
A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado não confirmou a fixação de um índice de reajuste. A informação oficial é que as Secretarias de Administração e de Planejamento e a Procuradoria do Estado ainda estão fechando os cálculos do percentual.
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