O ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos recebeu nessa sexta-feira (1º) o benefício de cumprir o resto de sua pena em prisão albergue domiciliar. O ex-magistrado foi condenado pelos crimes de formação de quadrilha (3 anos), denunciação caluniosa e abuso de autoridade (4 anos e 1 mês de prisão).
A decisão de conceder o benefício a Rocha Mattos foi dada pela juíza Maria Isabel Rebello Pinho Dias, da Vara de Execuções Criminal da Capital. Na prisão albergue domiciliar, o ex-magistrado cumprirá o restante da pena em liberdade - ele terá apenas a obrigação de voltar para a casa às 18 horas assim como ocorre com o ex-magistrado Nicolau dos Santos Neto, o Lalau.
Rocha Mattos já tinha autorização para trabalhar fora da prisão, pois havia estava no regime semiaberto. O ex-magistrado era visto sempre perto da Avenida Paulista, onde ele trabalhava em um escritório de advocacia de um ex-agente da Polícia Federal.
Durante o tempo em que esteve preso, Rocha Mattos perdeu vários recursos nos tribunais superiores com os quais tentou anular as condenações que lhe foram impostas com base nas investigações iniciadas pela Polícia Federal em 2002, que serviram de base para a Operação Anaconda.
Primeira grande operação espetacular da PF, a Anaconda foi divisor de águas na história da corporação. Ela investigou a suposta venda de sentenças na Justiça Federal de São Paulo. Deflagrada em 30 de outubro de 2003, ela começou com os federais arrombando a porta do apartamento de Rocha Mattos, então titular da 4.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, em Higienópolis, na região central. Ao todo, os federais interceptaram 181 linhas telefônicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte:NE10.COM
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