Jornalista foi morta em 1989, quando chegava com filha à academia.
Outro acusado de ser um dos executores será julgado em novembro.
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O ex-policial militar Cezar Narcizo foi condenado, nesta terça-feira (10), a 19 anos de prisão pelo assassinato da colunista social Maria Nilce dos Santos Magalhães, ocorrido em julho de 1989. Ele é acusado de ser um dos executores da jornalista. O julgamento começou na manhã desta terça-feira, no Fórum de Vitória, e durou cerca de 13 horas.
Apesar de condenado, o ex-policial militar vai continuar solto até a decisão final, pois respondeu todo o processo em liberdade. Cezar Narcizo saiu pelas portas dos fundos do Fórum, para não falar com a imprensa.
Outro acusado de ser um dos executores do assassinato, o policial civil aposentado Romualdo Eustáquio da Luz Faria, conhecido como Japonês, irá a julgamento no dia 6 de novembro. Os advogados de Japonês alegaram que o policial aposentado tem insanidade mental e, por isso, terá que fazer exames para ser julgado.
O crimeDe acordo com o Tribunal de Justiça de Espírito Santo, o crime é um dos casos de maior repercussão do estado. A jornalista foi morta no dia 5 de julho de 1989, quando chegava com a filha a uma academia no bairro Praia do Canto, na capital capixaba. Críticas e ameaças de anunciar envolvidos com tráfico de drogas, feitas na coluna social que escrevia para um jornal, seriam as causas do assassinato da colunista.
A Polícia Civil começou a investigar o crime, mas por causa de informações confusas o governo passou o caso para a Polícia Federal (PF), que apontou como mandante do crime o empresário José Alayr Andreatta. Andreatta já foi condenado pelo júri em 2006 a 13 anos de prisão. Mas, o empresário foi solto para responder em liberdade por decisão do Superior Tribunal de Justiça e está foragido. Andreatta teria contratado Japonês, que, por sua vez, teria subcontratado os pistoleiros José Sasso e Cezar Narciso.
Entenda o caso
Maria Nilce foi assassinada aos 48 anos, em 5 de julho de 1989, pela organização que ficou conhecida no Espírito Santo como “Sindicato dos Crimes”. Ela estava chegando a uma academia, na rua Aleixo Neto, bairro Praia do Canto, em Vitória, por volta das 7h, em companhia de uma das filhas. A academia ficava a cerca de 400 metros da residência do colunista social e normalmente as duas iam a pé, mas naquele dia resolveram ir de carro porque a filha seguiria para a universidade onde estudava.
Maria Nilce foi assassinada aos 48 anos, em 5 de julho de 1989, pela organização que ficou conhecida no Espírito Santo como “Sindicato dos Crimes”. Ela estava chegando a uma academia, na rua Aleixo Neto, bairro Praia do Canto, em Vitória, por volta das 7h, em companhia de uma das filhas. A academia ficava a cerca de 400 metros da residência do colunista social e normalmente as duas iam a pé, mas naquele dia resolveram ir de carro porque a filha seguiria para a universidade onde estudava.
Quando Maria Nilce saltou do veículo, um homem apontou uma arma para sua nuca. Acionou o gatilho, mas a arma não disparou. A filha dela gritou, alertando a mãe, que correu em direção a um ônibus na parada em frente à academia e entrou no veículo. O assassino a seguiu e disparou quatro tiros contra Maria Nilce. Três tiros atingiram a jornalista, que chegou morta ao Hospital das Clínicas.
José Sasso, que morreu envenenado na prisão em 1992, era acusado também de ser um dos assassinos do prefeito Anastácio Cassaro, de São Gabriel da Palha. Outro acusado no caso da jornalista foi o piloto Marcos Egydio Costa, que deu fuga em seu avião aos pistoleiros. Ele também ia a julgamento junto com Japonês e Narcizo, mas acabou sendo assassinado no dia 27 de janeiro deste ano, no bairro Jacaraípe, na Serra, dentro de seu estabelecimento comercial.
Fonte: g1.com
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