Vídeo mostra a confraternização de final de ano da empresa de tecnologia.
Prédios desabaram na Avenida Treze de Maio, na quarta-feira (25).
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O Jornal Nacional conseguiu com exclusividade as imagens que mostram como era o interior de dois edifícios que desabaram no Centro do Rio de Janeiro. Pessoas que perderam tudo mostram que possuem vontade de recomeçar.
O vídeo exibe a confraternização de final de ano da empresa de tecnologia TO, localizada no edifício Liberdade.
Menos de um mês depois, o assessor comercial da empresa, Vander Garcia, tem que improvisar o local de trabalho na casa de um funcionário. O sonho de abrir uma filial foi adiado.
Menos de um mês depois, o assessor comercial da empresa, Vander Garcia, tem que improvisar o local de trabalho na casa de um funcionário. O sonho de abrir uma filial foi adiado.
"Vamos ter que começar tudo do zero, uma nova sede da Primacy e deixar um pouco mais para frente o plano de uma filial. A partir de segunda-feira as coisas começam a voltar ao normal e as pessoas trabalhando normalmente", contou Vander.
O assessor também contou que os clientes da empresa estão sendo solidários. "Os clientes estão sendo bem solícitos. O telefone não para de tocar, perguntando como nós estamos. Nenhum cliente ligou até agora reclamando referente a documentos. Eles estão dando o total apoio possível", explicou.
Com os olhos cheios d'água, Vera Barros Jorge quase não consegue falar sobre o edifício Colombo de dez andares, que o avô Eloy mandou construir em 1938. Um prédio de importância histórica que chegou a ser objeto de um ensaio fotográfico sobre o estilo ardecor. No térreo tinha uma agência do banco Itaú e em uma das salas, tinham contratos, escrituras e a história da família de Vera.
"O caminho é difícil. Tudo aquilo ali está muito misturado com a emoção, porque tem um pouco da história da minha família. Então um dia você vai trabalhar lá e no dia seguinte você vê apenas escombros. É tudo tão triste", desabafou Vera.
Força para prosseguir
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Outra história de perda é do dentista Antônio Molinaro. Ele trabalhava no quarto andar do edifício e conta que perdeu R$ 350 mil em equipamentos e 4 mil fichas de clientes, ou seja, a história de 35 anos de profissão.
"Tudo onde eu trabalhava virou pó. Eu vou ficar em casa com um caderno, esperando ligações das pessoas. O que eu fiz hoje? Fiquei o dia todo sentado em uma poltrona vendo o pó do meu consultório. Há 35 anos que eu não faço isso. Na segunda-feira eu vou ter que ir ao banco e vou ter que contar com a compreensão do gerente", disse Molinaro.
Ele ainda acrescentou que apesar da tristeza, pretende e quer recomeçar. "Tenho 60 anos, mas estou vivo. Vou recomeçar como todo dia de manhã, que a gente acorda, abre a janela, vê o sol. A vida só acaba, quando a gente morre", concluiu.
Renan Magalhães Pimentel tinha uma livraria de quase 15 anos, com cinco empregados na sobreloja do edifício. O local acabou e o empresário colocou alguns dos seus livros em caixas para distribuir em bancas de jornais.
Renan Magalhães Pimentel tinha uma livraria de quase 15 anos, com cinco empregados na sobreloja do edifício. O local acabou e o empresário colocou alguns dos seus livros em caixas para distribuir em bancas de jornais.
"Possível recomeçar sempre é, porque a gente nasce pelado e vem ao mundo com nada e é aqui que a gente aprende e conquista as coisas, sejam elas materiais ou não. Eu nasci com essa força, eu não tirei de lugar nenhum não. O pouco que eu conquistei até hoje foi trabalhando e é isso que eu sei fazer", disse Pimentel.
Na banca de jornal, Renan encontrou com a jornaleira Nina Schiapeta, uma das primeiras pessoas que ele falou após o desabamento dos prédios.
"O recomeço é atitude dos fortes. Ele é forte e grandioso. Ele já conseguiu", falou Nina sobre o amigo.
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