A 10ª Região Militar afirmou, nesta quinta-feira (5), por meio de nota à imprensa, que mais reforço deve chegar ao Ceará. Como alternativa à paralisação dos policiais civis, o governo federal vai mandar 23 escrivães federais vinculados ao Ministério da Justiça. O reforço deverá colocar em funcionamento algumas delegacias no Ceará, que já se encontram quase 100% paradas.
No início da tarde da quinta-feira (5) o governo do Estado confirmou que apenas 4 das mais de 35 delegacias só na capital estariam paradas. Todas as delegacias especializadas, com excessão da delegacia de homicídios, teriam aderido a greve.
O que o NE10/Ceará apurou ao longo da quinta-feira e no início desta sexta-feira (6) é que não há uma estabilidade no atendimento nas delegacias. O serviço paralisa e volta a acontecer de forma irregular, sem que a população consiga saber quais delegacias estão funcionando no momento, o que dificulta até mesmo para o governo indicar opções de saídas para a população. A única solução, e ainda arriscada, é ligar para as delegacias e saber se há atendimento. Mesmo assim, há o risco de, no tempo do deslocamento para a delegacia, o sevriço ser paralisado.
O exército continua na porta de algumas delegacias, no intuito de proteger o patrimônio público, embora sindicalistas tenham afirmado nesta manhã que foram proibidos de entrar em algumas delegacias que estavam funcionando para convencer a escrivães e inspetores a paralisarem os serviços. Ainda segundo o exército o efetivo atual no Ceará, incluindo soldados e força nacional de segurança é de 1400 homens.
INÍCIO - A terceira paralisação dos policiais civis em menos de um ano começou na noite de terça-feira (3), após assembleia da categoria, que se mostrou insatisfeita com a resolução rápida do governo do estado sobre a greve dos policiais militares. "Paramos por cinco meses seguidos e não conseguimos muitos avanços. A Polícia Militar parou por cinco dias e rapidamente estão tratando de atender as reivindicações. Por isso a categoria vai parar 100%", informou, no dia da paralisação, a assessoria do Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpoci). A categoria já havia paralisado em julho e em outubro de 2011.
REIVINDICAÇÕES - Entre as reivindicações, os policiais civis pedem reajuste salarial de 60% do subsídio do delegado (o que representa um aumento de R$ 2 mil para R$ 4 mil, em média, segundo o Sinpoci), aumento no número de efetivo (ainda segundo o sindicato, são 1.800 policiais civis para todo o Estado, e que as 760 vagas do concurso para inspetor de 1ª classe não seriam suficientes para suprir a demanda). Além disso, a categoria pede que o governo passe a dar promoções para policiais que não possuem ensino superior, já que o sinpoci diz que promoções para a categoria são concedidas apenas para policiais com nível superior completo.
Fonte: ne10
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