CONFIRA
Uma série de vídeos divulgados nesta quarta-feira (26) pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, com imagens capturadas por um helicóptero, mostra homens armados circulando entre moradores pelas ruas e vielas do Complexo da Maré, na zona norte da capital. As peças, entretanto, não mostram a ação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) que resultou na morte de dez pessoas na comunidade, entre elas dois inocentes, sete suspeitos e um sargento do batalhão de elite. Outras 14 ficaram feridas.
A invasão da Maré foi realizada entre a noite de segunda-feira (24) e a madrugada de terça (25). Policiais do Bope, com apoio do 22º Batalhão de Polícia Militar (Maré), da Polícia Civil e da Força Nacional de Segurança, entraram na comunidade após um grupo ter realizado saques e roubos durante um protesto em Bonsucesso.
A invasão da Maré foi realizada entre a noite de segunda-feira (24) e a madrugada de terça (25). Policiais do Bope, com apoio do 22º Batalhão de Polícia Militar (Maré), da Polícia Civil e da Força Nacional de Segurança, entraram na comunidade após um grupo ter realizado saques e roubos durante um protesto em Bonsucesso.
MENORES APROVEITAM PROTESTO PARA FAZER ARRASTÃO NO RIO
O vídeo mostra também o momento em que um carro blindado do Bope entra na favela, o que faz os moradores e os homens armados se recolherem. Quando o veículo se aproxima do local onde as pessoas estão, um fogo de artifício é disparado. Depois, o carro vira em uma rua à esquerda e não aparece mais nas imagens divulgadas. Após a passagem do veículo, moradores e os homens armados voltam a circular pela comunidade.
A reportagem questionou a PM, por meio de sua assessoria de imprensa, sobre a não divulgação das imagens dos confrontos e das ações dos policiais, mas não obteve resposta. A assessoria informou ainda que os vídeos serão divulgados pelo Twitter da corporação.
A reportagem questionou a PM, por meio de sua assessoria de imprensa, sobre a não divulgação das imagens dos confrontos e das ações dos policiais, mas não obteve resposta. A assessoria informou ainda que os vídeos serão divulgados pelo Twitter da corporação.
Os moradores das favelas reclamaram de truculência policial e chegaram a protestar no local para que a operação tivesse fim. "Eles estão pensando que morador é bandido. Matando morador, invadindo casa de morador a torto e a direito. Eles são covardes", afirmou Edilaine Silva, 25, que mora na favela Nova Holanda.
"Estado reagiu", diz secretário
Na manhã desta quarta-feira, o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou, em entrevista à rádio "CBN", que a operação do Bope foi a volta a um "velho cenário" e que o conflito aconteceu porque "o Estado foi atacado e reagiu".
"O que tivemos foi o desdobramento de outra ocorrência, e aí se voltou àquele velho cenário, que é ruim pra todo mundo", disse Beltrame. "Nós ainda temos locais que, quando a polícia vai, acontece esse cenário. Infelizmente na Maré encontramos uma situação específica de conflito, onde o Estado foi atacado e reagiu."
O secretário ainda afirmou que houve mortes em ambos os lados. "A dor dessas pessoas deve ser muito grande, assim como a da família do sargento", disse. "A guerra não é boa para nenhuma das partes. Isso não é mais uma prática da Polícia Militar, isso não acontece de maneira recorrente como acontecia algum tempo atrás. Em alguns pontos do Rio ainda há a lógica da guerra, mas essa não é mais a lógica da polícia."
O secretário ainda afirmou que houve mortes em ambos os lados. "A dor dessas pessoas deve ser muito grande, assim como a da família do sargento", disse. "A guerra não é boa para nenhuma das partes. Isso não é mais uma prática da Polícia Militar, isso não acontece de maneira recorrente como acontecia algum tempo atrás. Em alguns pontos do Rio ainda há a lógica da guerra, mas essa não é mais a lógica da polícia."
Fonte: uol
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