A Justiça de Sergipe decretou neste fim de semana a prisão preventiva de dois policiais militares suspeitos de assassinar três pessoas dentro do maior hospital público de Aracaju, na noite de sexta-feira (27).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, os irmãos Genilson e Jean Alves de Souza --tenente e soldado da Polícia Militar, respectivamente-- entraram no Huse (Hospital de Urgência de Sergipe) e dispararam mais de 15 tiros contra as vítimas.
A ação, que teve a participação de outros dois homens, tinha o objetivo de vingar a morte de um irmão do tenente e do soldado, que havia sido baleado durante um tiroteio na mesma noite num bairro da periferia de Aracaju.
Morreu dentro do hospital o paciente Adalberto Santos Silva, suspeito de ter atirado contra o irmão dos policiais. Ele havia sido baleado e recebia os primeiros socorros na unidade.
Também foram assassinados Cleidson dos Santos e Márcio Alves dos Santos. O primeiro passava perto do local onde ocorreu a troca de tiros e foi atingido por engano, e o segundo havia sofrido um acidente de moto em outro bairro, segundo a secretaria.
Ambos recebiam atendimento no hospital, mas não tinham relação com o confronto inicial que resultou na morte do irmão dos policiais.
O tenente Genilson havia se apresentado à polícia na tarde sábado (28) e, na noite do mesmo dia, teve a prisão preventiva decretada a pedido do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Já o mandado contra o soldado Jean foi emitido no domingo (29). Ele já estava preso administrativamente numa unidade da PM e foi transferido para uma unidade prisional.
Segundo a Secretaria de Segurança, o soldado disse à polícia, em depoimento, que havia atirado contra duas das vítimas no hospital e que não sabia como o terceiro homem havia morrido.
Testemunhas ouvidas pela DHPP, no entanto, disseram que o autor dos disparos contra os três foi o tenente Genilson.
Os outros dois suspeitos, que ajudaram os PMs na ação, foram presos em flagrante já na madrugada de sábado.
Os policiais irão responder a inquérito civil e também a inquérito policial-militar.
O advogado dos dois policiais, Aloísio Vasconcelos, disse que o soldado Jean assumiu ter matado Adalberto e Cleidson.
Ambos participaram de uma tentativa de assalto, atiraram contra o irmão dos policiais e continuavam armados dentro do hospital, segundo o advogado.
Márcio, no entanto, foi morto por uma bala perdida, provavelmente disparada por amigos das vítimas, ainda segundo o advogado.
Vasconcelos disse ainda que o tenente Genilson só chegou ao hospital depois de os tiros terem sido disparados e que ele não teve nenhuma participação direta nas mortes.
Fonte: www.Folha.oul.com
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