Policiais civis de Pernambuco vão realizar uma mobilização,hoje (18/04), a partir das 8h, em frente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. O objetivo da “Operação Cumpra-se a Lei” é chamar a atenção do governo estadual sobre a pauta de reivindicação da campanha salarial 2012 e protestar contra a morosidade na negociação. A ação foi decidida pela categoria em assembleia nessa segunda-feira (16).
Durante 24 horas, contadas a partir do início da mobilização, os manifestantes só vão autorizar a saída de viaturas do DHPP para os locais de crime se os policiais estiverem munidos de colete à prova de balas dentro do prazo de validade e acompanhados pelo delegado. Os manifestantes também prometem suspender todas as investigações, no período.
“Nós exigimos que sejam seguidos à risca todos os procedimentos legais em torno do nosso trabalho. Hoje, os coletes estão vencidos, muitos agentes de polícia fazem o trabalho do delegado, há viaturas sem condições de funcionamento e muitas delegacias sem condições físicas. Algumas não têm ‘xadrez’ e outras estão até com recomendações do Ministério Público para serem interditadas”, relatou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol/PE), Cláudio Marinho.
Segundo Marinho, a pauta de reivindicação foi entregue às secretarias de Defesa Social e de Administração e à chefia da Polícia Civil entre os dias 17 e 19 de março. “O chefe da Polícia Civil [Manoel Carneiro] está mantendo contato com o sindicato. Ele se comprometeu e já está cumprindo alguns itens da pauta, como a retirada de caça-níqueis das delegacias, que estavam virando verdadeiros depósitos, e a revisão do efetivo, que está ou com déficit ou mal distribuído, porque tem pouca gente trabalhando em alguns lugares”, explicou.
Com a Secretaria de Administração, a primeira reunião está marcada para está quinta-feira (19), diz o Sinpol/PE. Entre as reivindicações, a categoria pede o equilíbrio na distorção salarial entre um agente de polícia em final de carreira, que ganha R$ 4.157, e um delegado iniciando carreira, que recebe o dobro. “Essa é uma discussão que temos desde 2007”, informou o presidente.
De acordo com Cláudio Marinho, a Secretaria de Defesa Social (SDS) era a única que não havia sinalizado com nenhuma resposta até esta terça-feira (17). Uma reunião com o secretário da SDS, Wilson Damázio, foi marcada para a quarta, às 10h30. "Queremos discutir com ele, por exemplo, o excesso de carga horária dos policiais das delegacias de plantão. Na nossa próxima assembleia, podemos decidir até fechar as delegacias de plantão”, falou.
O secretário Wilson Damázio informou que recebeu a pauta no dia 23 de março e que a pasta está avaliando os itens reivindicados. "Nós precisamos de tempo para avaliar, levantar os impactos na nossa folha salarial. Os cálculos estã sendo feitos em cima dos salários, das horas extras, de reformas em delegaciais. O governo determinou fecharmos a campanha salarial para a segurança pública até 2014. O governo nunca fechou as portas para negociação", disse.
Fonte: g1.com/pe
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