19.2.11

O DIA EM QUE A POLÍCIA PAROU O RECIFE

Uma festa de formatura da Polícia Militar, no Quartel do Derby, na manhã de ontem, terminou em muita dor de cabeça para os motoristas que tentaram transitar pela Avenida Agamenon Magalhães e adjacências. Na via, onde passam diariamente cerca de 86 mil veículos, o trânsito passou aproximadamente três horas completamente parado. A cerimônia de formação de 1.953 policiais previa 5 mil convidados (sem contar com os formandos), mas o número de presentes superou a expectativa e trouxe à tona uma consequência que não havia sido pensada pela organização do evento: falta de vagas para tantos carros.

A Polícia Militar só possui estacionamento em frente ao Quartel e ao Hospital da PM. Consequentemente, os convidados tiveram que deixar seus veículos no entorno do Derby, muitos, em locais proibidos. Apesar dos estacionamentos irregulares terem causado transtornos, o tráfego entrou em total colapso por volta das 11h, quando a cerimônia acabou e aproximadamente 7mil pessoas resolveramvoltar para casa, ao mesmo tempo, em pleno horário de rush.

Agentes do BPTran e dez guardas da CTTU bem que tentaram normalizar a situação, mas o caos no tráfego atingiu todo o prolongamento da Agamenon, incluindo os sentidos Olinda e Boa Viagem, e até mesmo áreas mais distantes como a Avenida Beira Rio e Rua Benfica, nos bairros da Torre e Madalena.

Especialistas em trânsito entrevistados pelo Diario de Pernambuco foram unânimes em salientar a falta de estrutura de tráfego para um evento dessas dimensões. De acordo com o engenheiro, economista e consultor de transportes urbanos, Germano Travassos, a Agamenon é uma via estratégica e uma vez obstruída, os transtornos transcendem os limites territoriais do Recife. ´A via é um referencial de deslocamento. Existem rotas alternativas, mas o tráfego nela é absurdo. Foram colocados muito mais carros do que ela suporta e de uma vez só. Não existe solução para isso`, concluiu. (Adaíra Sene e Raphael Guerra) 


Fonte: www.dpnet.com.br

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