
Como peticionária, como a senhora viu esse episódio?
Entramos com uma medida cautelar na OEA, que foi ampliada para duas, solicitando ao estado a garantia de segurança, tanto para os presos como para os funcionários. A OEA já expeliu isso há muito tempo e ainda não foi cumprida. Enquanto peticionárias, observamos a falta de segurança, levando em consideração que agentes públicos sofreram danos. Isso caracteriza a falta de segurança para o funcionário, assim como para o preso. Isso prova mais uma vez que (o Complexo) não é um ambiente seguro.
Qual a medida que vocês irão tomar?
Vamos informar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, mostrar que a medida (cautelar) não está sendo cumprida. Já entramos com seis medidas cautelares e duas falam especificamente da segurança. No dia 3 de novembro passado, solicitamos o agravamento da medida para à Corte, que comunica ao estado brasileiro e o Brasil recomenda ao estado que se efetive as mudanças. Isso deixa o Brasil como violador dos direitos humanos, exposto internacionalmente. Não é coisa que o estado pode dizer que não pode cumprir. Ele assumiu um compromisso internacional.
Os peticionários estiveram em Washington no dia 3 de novembro para solicitar o agravo, incluindo a Sempre, a Clínica de Direitos Humanos da Universidade de Havard, a Pastoral Nacional Carcerária, a Pastoral de Pernambuco e a Justiça Global. Essas entidades solicitaram a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA que a medida fosse agravada para que fosse levado à corte para medidas provisórias. Agora, os peticionários devem fazer uma visita à unidade prisional para ver a realidade interna. Temos acesso aos livros de ocorrência e sabemos que a média é de dez agentes de plantão na unidade Frei Damião. São dez agentes penitenciários para 140 presos.
Isso caracteriza a superlotação?
Temos presos condenados em unidades provisórias. Os presídios devem estar encarcerando pessoas que ainda não foram condenadas. E lá (no Frei Damião), sempre que visitamos, encontramos presos cumprindo penas nessas prisões. Temos presos aguardando pena por mais de dois anos e isso envolve um olhar mais criterioso do Judiciário. Se o governo optou pela lógica do encarceramento para o controle, o Judiciário e o Ministério Público têm que observar as garantias. E uma das garantias é que os presos tenham pelo menos espaço. Isso não existe dentro da prisão e isso cria um sistema de vulnerabilidade. Se tem arma dentro da prisão é porque tem vulnerabilidade. A superlotação existe é porque não tem uma observação legal sobre isso. A situação não tem controle
Os peticionários estiveram em Washington no dia 3 de novembro para solicitar o agravo, incluindo a Sempre, a Clínica de Direitos Humanos da Universidade de Havard, a Pastoral Nacional Carcerária, a Pastoral de Pernambuco e a Justiça Global. Essas entidades solicitaram a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA que a medida fosse agravada para que fosse levado à corte para medidas provisórias. Agora, os peticionários devem fazer uma visita à unidade prisional para ver a realidade interna. Temos acesso aos livros de ocorrência e sabemos que a média é de dez agentes de plantão na unidade Frei Damião. São dez agentes penitenciários para 140 presos.
Isso caracteriza a superlotação?
Temos presos condenados em unidades provisórias. Os presídios devem estar encarcerando pessoas que ainda não foram condenadas. E lá (no Frei Damião), sempre que visitamos, encontramos presos cumprindo penas nessas prisões. Temos presos aguardando pena por mais de dois anos e isso envolve um olhar mais criterioso do Judiciário. Se o governo optou pela lógica do encarceramento para o controle, o Judiciário e o Ministério Público têm que observar as garantias. E uma das garantias é que os presos tenham pelo menos espaço. Isso não existe dentro da prisão e isso cria um sistema de vulnerabilidade. Se tem arma dentro da prisão é porque tem vulnerabilidade. A superlotação existe é porque não tem uma observação legal sobre isso. A situação não tem controle
Fonte: www.dpnet.com.br
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